Walter longo com o presidente do SEPROSC, João Luiz Kornely

Já deixamos para trás a era digital e entramos na era pós-digital, onde tudo o que se relaciona com os clientes passa necessariamente por processos de comunicação digital, seja através de aplicativos, redes sociais ou das mais diversas ferramentas de prospecção, análise e gestão de vendas.

Essa a visão passada pelo presidente do Grupo Abril, Walter Longo, que esteve em Blumenau para uma palestra promovida pelo SEPROSC, na sexta-feira, dia 23 de junho.

“O mundo digital é como o ar: as pessoas não percebem sua existência, mas é impossível viver sem ele”, disse Longo.

A palestra foi bastante aplaudida pelos presentes.

Longo surpreendeu com a apresentação de um grande volume de dados e análises precisas sobre tendências, movimentos de mercado e comportamento do consumidor.

Alguns pontos de destaque abordados por ele foram:

• O mundo digital permite que as empresas tenham canais diretos e competentes de vendas, serviços e atendimento.

• A relação com o cliente passou a ser constante e individual.

• Nunca houve tanta informação à disposição das pessoas. No entanto, a maioria não se apercebeu de que pode usá-las para fazer negócios. Estar atentos a elas, saber buscá-las e utilizá-las é um grande diferencial.

• As pessoas devem mudar  modo de ver a tecnologia. A tecnologia deixa as pessoas poderosas, quando utilizada de forma estratégica.

• O mundo digital exige constantes adaptações e evolução. O mundo tecnológico é efêmero. Muitas empresas se deram mal não porque fizeram a coisa errada, mas porque fizeram a coisa certa por tempo demais, sem mudar.

• Na era pós-digital as pessoas querem ser livres. A Geração Millenium não quer planos de carreira, não quer ser fiel a uma marca ou produto.

• É preciso dar respostas rápidas. Os evangélicos crescem mais que os católicos por causa disso. Os evangélicos prometem o bem-estar imediato, enquanto que os católicos prometem a felicidade mais pra frente.

• No mundo digital as empresas precisam valorizar as mulheres. As mulheres são muito mais digitais que os homens.

• As empresas devem ser mais Waze e menos GPS. O GPS apenas mostra o caminho. O Waze mostra o caminho, indica os congestionamentos e aponta alternativas.

• O marketing de relacionamento precisa ter sincronicidade. As pessoas não “são”, elas agora “estão” e podem mudar a qualquer momento.

• Fatos da nossa vida mudam nossos hábitos de consumo. Bancos da dados se tornam inúteis e são substituídos por “bancos de fatos”. O consumidor passa a ser encontrado pelo que ele está fazendo naquele momento.

• Os padrões de consumo se misturam. Não adianta fazer propaganda apenas para um grupo de pessoas de determinado poder aquisitivo, pois muitas delas não estarão interessadas no seu produto, enquanto que uma pessoa com menos dinheiro pode estar 100% interessado em comprá-lo, mesmo se sacrificando.

• No mundo digital,  consumidor passa a ser encontrado através das buscas do Big Data, usando-se critérios que somam fatos a dados e conteúdos.

• A medicina evoluiu de curativa para preventiva e preditiva. O marketing deve fazer o mesmo, tornando-se preditivo.

Publicado em: 27/06/2017 09:12:38